sexta-feira, 11 de abril de 2008

Serafim Alonso. Hã? (*)

Em uma das salas de um dos cursos da Unimonte, Serafim Alonso estuda ...?
Não é difícil descrever Serafim, um morador de Pequenópolis, amante de futebol, de raciocínio rápido e esperteza inigualável. Um rapaz de prontidão sempre.
Sua resposta já é quase um jargão incorporado à sua pessoa.
- Serafim!!!
- Hã?
É esta a resposta de Serafim a 99% das perguntas que lhe fazem. Ele é um daqueles personagens que se perdem sozinhos nos próprios pensamentos. Não é culpado de ser distraído. Na verdade, não é distração. Ele é apenas um sonhador que vive acordado, mas envolto por seus pensamentos.
Apesar da versão, digamos favorável, de nosso querido herói, não posso afirmar com toda certeza o que ele pensa. Ao mesmo tempo em que Serafim pode apenas estar pensando no jogo de ontem, na bunda daquela ou nos exuberantes seios da outra, pode também estar pensando na cura para o câncer, na paz na Palestina, no Futuro, no Passado. Ou simplesmente estar pensando em nada. Estaria, então, nosso querido amigo apenas em stand by, descansando, desvivendo, despensando, mas sonhando?
Não!
De maneira alguma posso julgar Serafim. Confesso que muitas vezes durmo acordado. Em todos os lugares que você possa imaginar, estou presente de corpo e longe de pensamento.
Afinal isso é bom?
O que será que vale mais a pena: viver acordado na estupidez do mundo? Lutar para mudá-lo? Sofrer a cada derrota cotidiana contra a inveja, a maldade e a desesperança?
Ou simplesmente sonhar, se deixar levar pela corrente do ostracismo?
Se perder nos próprios pensamentos? Tudo numa enorme rede de sonhos reconfortantes, mas como todo sonho: irreal.
Deixando a filosofia de lado e voltando a Serafim, podemos dizer que ele está... (do que falava?) meio perdido.
É, rapaz... O grande risco de fugir de seu corpo é não conseguir voltar. Talvez em uma das incríveis viagens de Serafim ele deva ter se perdido na esquina do sonho, cruzamento com esperança, que fica de frente para a realidade, mas distante mil milhas dela.
No conforto da fantasia, busco refúgio nos meus momentos de dor e vivo constantemente na selva da realidade. A cada dia sonho menos, fico mais cético, perco um pouco mais da esperança na humanidade. Muitas vezes, com tantas pessoas que vivem “ligadas” 24 horas por dia, o mundo só precise de algumas pessoas que só querem sonhar um pouco sem serem interrompidas pelos incomodados.

Para quebrar um pouco o gelo desse texto sério e reflexivo, segue a seguir o classificado do Ivanzão. Lembre–se, seu recado estará exposto a milhões de pessoas na internet e a umas cinco que lêem o que escrevo:
“Vendo a dentadura de meu marido, apenas cinco anos de uso, único proprietário falecido ontem. Tratar dona Matilde: Matilde@curiso.com”
“Perdi carteira com R$ 300,00, favor entregar no CPP de Santos. Mano Zoinho X 42”.“Oi, mãe, tô na internet! Desocupado no MSN”


*O autor dessa birosca sem sentido informa que qualquer semelhança entre algum conhecido e Serafim Alonso é mera coincidência. Tudo o que foi escrito foi criação da mente deste louco (EU).

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